quarta-feira, 12 de outubro de 2011
DESENCARCEIRADO
fael du lobo setembro de 2011
Eu, fugindo de mim,
Marginalizando-me,
Sem saber como, fui
Tornando-me indigente
Em meu próprio corpo!
Fui mais fundo...
Degradei-me’ndicância
Passando a depender de gorjetas
De alegria que custo a conceder-me.
Desumanizei-me preconceituando-me!
Ameacei a mim mesmo
Com uma faca de cozinha
Cobrando a soltura de meu eu
Encativeirado.
Caluniei-me
Assaltei-me
Estuprei-me
Sempre indo atrás de mim...
Sem sucesso!
Hoje um eu marginal já,
Um sem volta,
Perambula longe de mim...
Nóiado! Gritam-me...
Mas é que perdi-me a mim e
Meu eu jaz por aí,
Esquecido...
Ou louco
Ou andarilho
Ou sumido
Indigente...
Não sei.
Hoje apenas memórias congeladas,
Fotos gravadas de um passado
De frutífera convivência
Deu comigo mesmo.
Aos que me encontrem por aí
Digam-me que estou à procura
De mim...
Mas não me dêem dinheiro!
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
DELICADO
fael du lobo 02 de outubro de 2011
Cultivado entre-lábios,
Broto de sonho e paladar...
Que é beijo,
Posto que doce.
Delicado é, pois,
O contato em pele...
Em suaves palavras
Cantadas pé-d’ouvido.
Delicado é o beijo
E algodão da tua pele...
Que rubra,
Pois vestida em timidez,
Causa cousas que não sei...
Pois vem do coração!
Delicados são teus beijos...
E vorazes!
Encontram minha sede e
Afagam a boca...
Saciando desejos de tua alma!
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
FORÇADOR
Fael Du lobo 29-09-2011
Fez ele maior das maiores
Forças humanas...
Possíveis!
Deixou-a em paz.
Tapou sol camão,
Impediu florescer flores,
Desalimentou-se...
Choraria se tivesse.
Mas deixou-a em paz.
Ó amargo sabor da solidão!
Sentimento liberta-dor.
E aqueles gritos de
Desespero de madrugada
Em sua janela foi só...
Só naquele filme que vi só,
Pois negastes a companhia...
Era filme de amor com
Final triste... era?
E nós?
Somente fotos envelhecendo
Em meu HD de cem gigas.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
CICATRIZ
fael du lobo
setembro de 2011
Verdade mesmo
é que o corpo,
em sua verdade cósmica,
anseia memórias e
reticências...
Posto que glórias
findam esquecidas,
torce, pois, o corpo,
esse escravo das
vicissitudes,
por cicatrizes!
domingo, 4 de setembro de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
SORTE
fael du lobo julho de 2011
Morto sorvo a sorte que
Não tive quando fui...
Ver estratagemas de meninice
Em girassóis
Girassolados!
E a verdade que faz chorar
Dita em coro contra
Corações destriunfados...
Foi o que me ocorreu de morrer
Morri?
Talvez só fosse loucura de dormir
Que dormindo passa,
Passaria?
De meus portaretratos arretratados,
Retenho muito de mim
Em alguém que não sou hoje!
Morto sorvo a sorte que
Não tive quando fui...
Ver estratagemas de meninice
Em girassóis
Girassolados!
E a verdade que faz chorar
Dita em coro contra
Corações destriunfados...
Foi o que me ocorreu de morrer
Morri?
Talvez só fosse loucura de dormir
Que dormindo passa,
Passaria?
De meus portaretratos arretratados,
Retenho muito de mim
Em alguém que não sou hoje!
segunda-feira, 20 de junho de 2011
EU DE MINHAS CONFUSÕES
fael du lobo 17 de maio de 2011
Vou a livros caçar dúvidas
Com as quais encho
Minha cabeça...
Desconfortando-me.
Entro’em dilemas irrespondíveis
Inebriando-mem-travamentos...
E brincando confusão,
Revezo paralisiangústia e
Metamorfoseambulantia...
E sigo sendo sempre novo,
Envelhecendo nisso.
Vou a livros caçar dúvidas
Com as quais encho
Minha cabeça...
Desconfortando-me.
Entro’em dilemas irrespondíveis
Inebriando-mem-travamentos...
E brincando confusão,
Revezo paralisiangústia e
Metamorfoseambulantia...
E sigo sendo sempre novo,
Envelhecendo nisso.
terça-feira, 7 de junho de 2011
MENINA DO PÉ SUJO
14 de abril de 2011
fael du lobo
Menina do pé sujo
Carrega leite, macarrão e milho...
Os tem tal como troféus!
Tem nos olhos opacidade
De vida dura, e
Da inocência de sua pobreza
Tem poucos sonhos
De consumo...
Menina do pé sujo,
Há quem te adote?
Há pra ti outra sorte?
Há, pois, algum país que
Conceda-lhe cidadania,
Ou serás eternamente,
Ó menina do pé sujo,
Olhos sofridos a pedir
Clemência e comida?
fael du lobo
Menina do pé sujo
Carrega leite, macarrão e milho...
Os tem tal como troféus!
Tem nos olhos opacidade
De vida dura, e
Da inocência de sua pobreza
Tem poucos sonhos
De consumo...
Menina do pé sujo,
Há quem te adote?
Há pra ti outra sorte?
Há, pois, algum país que
Conceda-lhe cidadania,
Ou serás eternamente,
Ó menina do pé sujo,
Olhos sofridos a pedir
Clemência e comida?
quarta-feira, 25 de maio de 2011
ELEITOR
fael du lobo - 2010.
Compraram teu voto!
Eu vi
Você riu
Eu vi que você riu!
Deram-lhe esmolas!
Eu vi
Você agradeceu
Eu vi que você agradeceu!
Corromperam teus filhos!
Eu vi
Você chorou
Eu vi que você chorou!
Te deixaram doente!
Eu vi
Você sofreu
Eu vi que você sofreu!
Te deram um tapa na cara!
Eu vi
Você deu a outra face
Eu vi que você deu a outra face!
Você não era o messias!
Você carregava pecados,
Lutava e sofria...
Você levava a vida
Como quem vive só o necessário...
Vive só para não desperdiçar
A vida que Deus deu.
Você não vive histórias
De honra e glória...
[pausa dramática e olhar de aflição]
Mas que idiota!
Assim também não vivo eu!
Compraram teu voto!
Eu vi
Você riu
Eu vi que você riu!
Deram-lhe esmolas!
Eu vi
Você agradeceu
Eu vi que você agradeceu!
Corromperam teus filhos!
Eu vi
Você chorou
Eu vi que você chorou!
Te deixaram doente!
Eu vi
Você sofreu
Eu vi que você sofreu!
Te deram um tapa na cara!
Eu vi
Você deu a outra face
Eu vi que você deu a outra face!
Você não era o messias!
Você carregava pecados,
Lutava e sofria...
Você levava a vida
Como quem vive só o necessário...
Vive só para não desperdiçar
A vida que Deus deu.
Você não vive histórias
De honra e glória...
[pausa dramática e olhar de aflição]
Mas que idiota!
Assim também não vivo eu!
segunda-feira, 25 de abril de 2011
ENTRE OS DEDOS
fael du lobo - 26 de abril de 2011
Como em um último ato
Louco
Sorvo teu perfume entre dedos
Meus
Lamentos de separação ardem’im...
Sonho levar você em sonhos
Possíveis
São as formas de aviltar olhares
Falsos
Gritos de desespero de madrugada em tua janela...
Como em um último ato
Louco
Sorvo teu perfume entre dedos
Meus
Lamentos de separação ardem’im...
Sonho levar você em sonhos
Possíveis
São as formas de aviltar olhares
Falsos
Gritos de desespero de madrugada em tua janela...
segunda-feira, 11 de abril de 2011
ESTRADAS
Fael Du lobo 05-04-2011
Recuo olhar ao longe
Vendo cinza estrada
Longa sem fim...
E há nós nela!
Pois vão entendê-las vocês seguindo,
Se-gui-ando-só,
Seguindo os caminhos de talvez,
Em tais vezes...
E você caminhante,
Que já curvou, subiu,
Girou sem descanso,
Trombandosemtroncamentos
Múltiplos...
Vagou por lugares que
Leve-trazem trajetórias...
Em histórias notórias
De vidas que teimam em
Não se acabar.
Recuo olhar ao longe
Vendo cinza estrada
Longa sem fim...
E há nós nela!
Pois vão entendê-las vocês seguindo,
Se-gui-ando-só,
Seguindo os caminhos de talvez,
Em tais vezes...
E você caminhante,
Que já curvou, subiu,
Girou sem descanso,
Trombandosemtroncamentos
Múltiplos...
Vagou por lugares que
Leve-trazem trajetórias...
Em histórias notórias
De vidas que teimam em
Não se acabar.
quinta-feira, 24 de março de 2011
MAIS DE POETA
fael du lobo - 2010
Venha até mim
Para tentar alterar
Esse meu coração
Que não quer e
Não consegue
Mais lhe render paixão...
Por fim.
Vou até aí,
Com as lágrimas
Que ei de chorar
Sem saber como é
Retornar...
Para ti.
Entendo os poetas,
Pois sei que eles
Não desprezam
A beleza maluca do ser,
Que vive em nós...
Assim.
E em coração finito
Que não bate, não explode...
Não há poeta vivo,
Só emanações fenecendo...
Amores que um dia o foram!
Venha até mim
Para tentar alterar
Esse meu coração
Que não quer e
Não consegue
Mais lhe render paixão...
Por fim.
Vou até aí,
Com as lágrimas
Que ei de chorar
Sem saber como é
Retornar...
Para ti.
Entendo os poetas,
Pois sei que eles
Não desprezam
A beleza maluca do ser,
Que vive em nós...
Assim.
E em coração finito
Que não bate, não explode...
Não há poeta vivo,
Só emanações fenecendo...
Amores que um dia o foram!
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
DE VOCÊ E OUTRAS SAUDADES
fael du lobo 15 de fevereiro de 2011
Madrugada às tardes matinais
Perto de ti
Não controlei tempo
E outras alegrias...
Alçado status solo torpe
É tempo de ferir joelhos
Em quedas, caminhadas
E outras lições...
Como diria não sei quem,
É tempo de reverberar!
Vigora, saiba, inda que voraz,
Amor e desejos...
Vigora, sei, ainda que latente,
Amor e desejos...
Acordemos!
Vou me perder
E me achar, se puder,
Na esperança de futuros gloriosos, em
Casa, cama, mesa, banho e caldo de galinha!
E a saudade em mim,
De me perder em ti
De construir e vigorar
Cíclico respeito, vive!
Atado então a meus déjà vu
Eu, risonho de nossos enlaces,
Penso em tocá-la, beijá-la e cumpri-la!
Assim como quem ama e faz acontecer...
Aquém da vergonha, lembranças
De você e outras saudades...
Atado a proposições, sonho estar
Labirintosamente perdido em teu coração
Ansiando a virilidade e o respeito
De me encontrar travesso
Outra vez em seus ciclos...
Madrugada às tardes matinais
Perto de ti
Não controlei tempo
E outras alegrias...
Alçado status solo torpe
É tempo de ferir joelhos
Em quedas, caminhadas
E outras lições...
Como diria não sei quem,
É tempo de reverberar!
Vigora, saiba, inda que voraz,
Amor e desejos...
Vigora, sei, ainda que latente,
Amor e desejos...
Acordemos!
Vou me perder
E me achar, se puder,
Na esperança de futuros gloriosos, em
Casa, cama, mesa, banho e caldo de galinha!
E a saudade em mim,
De me perder em ti
De construir e vigorar
Cíclico respeito, vive!
Atado então a meus déjà vu
Eu, risonho de nossos enlaces,
Penso em tocá-la, beijá-la e cumpri-la!
Assim como quem ama e faz acontecer...
Aquém da vergonha, lembranças
De você e outras saudades...
Atado a proposições, sonho estar
Labirintosamente perdido em teu coração
Ansiando a virilidade e o respeito
De me encontrar travesso
Outra vez em seus ciclos...
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
ALGOZ
fael du lobo 08 de fevereiro de 2011
Cai o algoz...
Caíram vários deles...
E caíram diante da dureza justa
E da justeza dura, do homem
Guevariano!
Todo seu peso,
Olhar,
Discurso,
Exemplos...
Tratam da completude humana
Que se busca no comum...
Sem “ismos”!
Rasgou corajosamente
Lama, montanhas, sofrimento,
Tiroteios, sangue e fome...
Em prol dos outros!
E ele, sem tempo para ser eu
E eu, sem tempo para ser outros,
Seguia vítima de minhas guerrilhas!
Ainda estou ali...
Escondido atrás daquela pedra
Tremendo diante do inimigo
Vez ou outra dando um tiro
Para qualquer lugar...
Esperando, esperançosamente
Hastearem a bandeira de novos tempos...
Cai o algoz...
Caíram vários deles...
E caíram diante da dureza justa
E da justeza dura, do homem
Guevariano!
Todo seu peso,
Olhar,
Discurso,
Exemplos...
Tratam da completude humana
Que se busca no comum...
Sem “ismos”!
Rasgou corajosamente
Lama, montanhas, sofrimento,
Tiroteios, sangue e fome...
Em prol dos outros!
E ele, sem tempo para ser eu
E eu, sem tempo para ser outros,
Seguia vítima de minhas guerrilhas!
Ainda estou ali...
Escondido atrás daquela pedra
Tremendo diante do inimigo
Vez ou outra dando um tiro
Para qualquer lugar...
Esperando, esperançosamente
Hastearem a bandeira de novos tempos...
domingo, 23 de janeiro de 2011
POMBO URBANO
fael du lobo - 23 de janeiro de 2011
Sigo cativo, alado, aos bandos,
Livre tal qual um pombo urbano
Sendo sempre escravo de minhas
Vicissitudes...
De vocês, sérios aí em baixo,
Sujo prédios e carros
E me enveneno em praças,
Em circos e pães velhos...
Da minha vingança, suja,
Só restam marcas em ruas
E monumentos históricos,
Esquecidos...
E sinto falta de vocês
Voando aqui em cima...
É que às vezes esqueço,
Esqueço mesmo que somos iguais,
Em carne e osso e outras estórias!
Sigo cativo, alado, aos bandos,
Livre tal qual um pombo urbano
Sendo sempre escravo de minhas
Vicissitudes...
De vocês, sérios aí em baixo,
Sujo prédios e carros
E me enveneno em praças,
Em circos e pães velhos...
Da minha vingança, suja,
Só restam marcas em ruas
E monumentos históricos,
Esquecidos...
E sinto falta de vocês
Voando aqui em cima...
É que às vezes esqueço,
Esqueço mesmo que somos iguais,
Em carne e osso e outras estórias!
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
RELAXO
fael du lobo - 08 de janeiro de 2011.
Relaxo na calma
(permissiva)
da loucura produtiva...
Relaxo no futuro
(imaginado)
de tranqüilidades conquistáveis...
Tal como o tipo de gente
que vence sem
saber como
e nem por que...
E deveria?
Relaxo na calma
(permissiva)
da loucura produtiva...
Relaxo no futuro
(imaginado)
de tranqüilidades conquistáveis...
Tal como o tipo de gente
que vence sem
saber como
e nem por que...
E deveria?
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