segunda-feira, 7 de junho de 2010

CARNAVAL PRA NINGUÉM

fael du lobo


Parado de pé de frente a praças vazias
Olho felizes corações banhados em sangue
Vida que se nutre em desgraças...
Estranha vivacidade de entes que não se veem.

Pessoas em círculos, gritaria!
Gente corre em ruas
Luzes que pisco'em postes
São anotações de desgraças cotidianas.

De baixo, paradeira total
De cima, alegria e choro
Êba! Bizonho Carnaval!
E eu, eu já não podia virar o rosto...

Tive de ver seu filho assim, baleado, morto.

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