domingo, 28 de junho de 2009



O RIO DOCE
fael du lobo

Durante a vida longa ao longo do rio doce
Muitos corações, histórias e conquistas se deram
Dos belos índios que não mais ali prosperam
Restou a desmatada paisagem de hoje!

Aimorés, que ali floresceu às suas margens belas
Sorriu e chorou com os desníveis de suas águas
Hoje olha pra ti sem ter grandes mágoas
Rezando para sua sobrevida e até acendendo velas!

Andei pelos cânions de pedras onde outrora correu vida
E os recortes nas pedras à mostra esculpidos pela natureza
Trazem em si sincera e real beleza
Que mesmo assoreado, seco e limitado faz do rio obra divina!

O que me alenta e me dá esperanças quanto ao rio
É ver meu povo aimoreense comentando a respeito
E quem sabe pudera se expressar no próximo pleito
A vontade geral de salvar o rio doce magnífico!

Ainda vejo nele gente a se banhar e pescar
Logo há aí esperança
Eduquemos então as crianças
Para o seu leito reflorestar!

Portanto aqui proclamo e vocês vão concordar
Ontem aqui passava um rio lindo, grande e limpo
Pois se ontem ele passou vivo
Hoje está a definhar!

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