domingo, 28 de junho de 2009



O RIO DOCE
fael du lobo

Durante a vida longa ao longo do rio doce
Muitos corações, histórias e conquistas se deram
Dos belos índios que não mais ali prosperam
Restou a desmatada paisagem de hoje!

Aimorés, que ali floresceu às suas margens belas
Sorriu e chorou com os desníveis de suas águas
Hoje olha pra ti sem ter grandes mágoas
Rezando para sua sobrevida e até acendendo velas!

Andei pelos cânions de pedras onde outrora correu vida
E os recortes nas pedras à mostra esculpidos pela natureza
Trazem em si sincera e real beleza
Que mesmo assoreado, seco e limitado faz do rio obra divina!

O que me alenta e me dá esperanças quanto ao rio
É ver meu povo aimoreense comentando a respeito
E quem sabe pudera se expressar no próximo pleito
A vontade geral de salvar o rio doce magnífico!

Ainda vejo nele gente a se banhar e pescar
Logo há aí esperança
Eduquemos então as crianças
Para o seu leito reflorestar!

Portanto aqui proclamo e vocês vão concordar
Ontem aqui passava um rio lindo, grande e limpo
Pois se ontem ele passou vivo
Hoje está a definhar!

sábado, 27 de junho de 2009

com propósitos

GRITE
fael du lobo

Vai gritar João,
Vai berrar a morte de seu filho desnutrido
Vai lutar contra quem empobreceu seu povo
Grite contra quem matou seu rio
Tornando secos os pastos todos!

Reclame sobre o que perdeu
E sonhe com o que quer ter
Cuide bem da sua casa mas saia pra rua
Leve seus filhos à escola
E depois junte-se aos seus irmãos de luta.

Grite, não se cales...
Sem sua voz sou só um,
Com tu, sou milhões!

sábado, 13 de junho de 2009

se guindoindo emfrente

QUEM AMA CHAMA
fael du lobo

Quem ama não tem estratégia...
Se joga e enlouquece.

Quem ama desconhece fracasso...
Pula de ponta em rio seco.

Quem ama mente pra si...
Se o amor não lhe retribui.

Quem ama por vezes exclama...
E com adrenalinas mil,
Quer levar o amor pra cama
Pra tremer sem sentir frio
E gozar a dois do amor a chama!

Quem ama chama!

terça-feira, 9 de junho de 2009

poema de 2008

FASES DA LUA
fael du lobo


Tal como a lua esse poeta
Transita em fases, e quem não?

Medita em elipses desmilimétricas
Desse medonho percurso da vida...

Medita... e num cotidiano suspiro etílico
Elabora o que seria a sua consagração!

A pena treme sob a órdem louca de
Pensamentos e palavras que
Não serão... em vão?