Tal como arrumava sua mochila
tal como organizava seu armário
o menino tratava sua mente de modo audaz e solitário!
Suas lembranças vasculhadas
eram estruturadas de modo inequívoco!
As experiências ruins ele as listava
mas das boas se orgulhava...
Dessa lista estranha e notória de fracassos
o menino fez seu brinquedo preferido!
Com ele brincava ao sol das manhãs mal-dormidas
e dos drinks pseudo-degustados.
Para as mulheres mal-comidas
o mostrava vendo ali inteligência e malícia.
Para o resto das pessoas, o escondia!
Ser esse o seu brinquedo era algo estranho
manuseá-lo, senti-lo e com ele passar o seu tempo
era causa de grande prazer e tormento!
De seu brinquedo não podia ter orgulho
apesar de nele viciado,
seu brinquedo era feio, gasto, tosco...
Seu brinquedo era ele,
seu brinquedo estava quebrado!
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