segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ENGOLINDO A VIDA

fael du lobo


Como se tivesse apressado tomando café
Como se tivesse correndo com um só pé calçado
Ele vivia sua vida acelerando emoções em esquinas
Pra no fim perceber que só encheu o coração de farrápios!

Vivências flutuantes...
Sociabilidades deslocadas multiplicantes...
Prazeres que lhe trazem ali!

Escutara de um velho sábio do pênis podre que
A ironia da vida é correr pra ter mais tempo
Pra poder com o tempo sobrado viver dez vidas
Numa vida aventureira de construir e destruir seu único “eu”...
Que epopéia!

Já disseram muito
E a muito refletia
Entre a loucura das decisões e
A paz das indecisões, ou vice-versa...
Seus aniversários iam passando!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

mais um poema às musas

MULHERES
fael du lobo

Entram e saem
passam... passando deixam...
deixando recebem... e meu coração se atormenta!

Bate feliz ou rateia
conforme a energia da musa.

Mulher feliz... fiel a si anda e te encanta
deixa feliz com tua presença
com o cheiro anima
e com ardor chama!

Toda musa à bela face apetece o beijo
e todo beijo afeto apraz se tua musa
não lhe ignora!

Anda mulher, vem jantar à pratos limpos
vem ser minha musa!
vem dançar nossa valsa louca
nessa bela manhã de volúpias!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

SÉRIE: CARTA AOS FALECIDOS

Ao meu caro amigo Sérgio Sampaio

Fui à lapa para ver e sentir você! De sincera emoção tomei vários goles para na empatia etílica sentir o que você sentiu ao ir da Lapa até Copacabana a pé! Pois é, esse caminho eu não fiz... mas um outro... um mais longe e difícil. Eu, na inocência do meu risco, fui para dentro de mim buscar um eu ainda novo ou um velho eu adormecido.

Meu caro, te escrevo de longe, do tempo e do espaço, para dizer a ti que te encontrei, te senti, vivi uns minutos como você e me senti por demais libertado! Talvez essa seja sua lição, sua marca... que possa ficar no mundo como aprendizagem e não sermão. “Desprendimento!!!!”... experiência material e sensória de carregar e acumular apenas seu eu... de levar-lhe à experimentar em cotidianas batalhas, sucessos e derrotas... pois lágrimas é o que podemos ter de puro! Portanto, amigo, tal como você, espero botar na rua, qualquer dia desses, meu bloco e pintar travessuras!